Drex - O Real Digital: Inovação e Segurança no Sistema Financeiro Brasileiro
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O que é o Drex?
O Drex, também chamado de Real Digital, é a versão digital da moeda brasileira oficial, criado pelo Banco Central (BC). Ele promete revolucionar o cenário financeiro ao trazer um novo nível de segurança e eficiência para transações com ativos digitais e contratos inteligentes.
Como o Drex Funciona?
A Plataforma Drex utiliza a tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology - DLT) para facilitar transações financeiras digitais. Para acessá-la, será necessário utilizar um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esses intermediários transferirão valores das contas tradicionais para carteiras digitais Drex, permitindo operações seguras com ativos digitais.
Um dos grandes diferenciais é a utilização de contratos inteligentes, que garantem que transações só sejam concluídas quando todas as condições estipuladas forem atendidas. Isso reduz riscos para todas as partes envolvidas.
Por exemplo, ao comprar um carro, o contrato só será finalizado quando o pagamento e a transferência do veículo ocorrerem simultaneamente. Caso uma das partes não cumpra o combinado, o dinheiro e o bem retornam aos seus respectivos donos.
Por que "Drex"?
O nome reflete modernidade e conexão tecnológica. As letras "d" e "r" se referem ao Real Digital, o "e" representa eletrônico, e o "x" simboliza conexão. O logotipo inclui setas que remetem a transações digitais e a evolução para o ambiente digital.
Piloto Drex: Testando o Futuro Digital
O Piloto Drex é a fase experimental dessa iniciativa, avaliando os benefícios e possibilidades da moeda digital em um ecossistema multiativo baseado na tecnologia DLT. Nessa etapa, os participantes, como bancos e instituições autorizadas, realizam simulações de transações digitais com o Drex. Usuários finais ainda não participam diretamente.
Na primeira fase, encerrada em 2023, o foco foi testar privacidade e programabilidade por meio de casos como a liquidação simultânea de títulos públicos federais entre diferentes instituições. Já a segunda fase, iniciada em 2024, está explorando casos de uso voltados para soluções reais da economia, com inscrições abertas até 29 de novembro de 2024.
Quem Pode Participar?
Podem submeter propostas instituições financeiras autorizadas e capazes de realizar transações como emissão, resgate e transferência de ativos na plataforma. As regras estão detalhadas nas resoluções BCB 315/2023, 382/2024 e 423/2024.
Governança do Projeto
O Comitê Executivo de Gestão (CEG) é responsável pela governança do Piloto Drex. Formado por servidores de diferentes departamentos do Banco Central, o comitê gerencia os critérios e a execução das fases do projeto.
Tecnologia e Segurança
O Drex baseia-se em uma plataforma DLT multiativo, que permite o registro e a negociação de ativos diversos, como depósitos bancários, contas de pagamento e títulos públicos. Todas as transações são condicionadas e simultâneas, garantindo a liquidação atômica (Entrega contra Pagamento - DvP) e eliminando riscos de saldo negativo.
Próximos Passos
Os resultados das fases de teste determinarão quando o Drex será disponibilizado ao público em geral. A iniciativa reforça a Agenda BC#, promovendo modernização, eficiência e segurança no sistema financeiro brasileiro.
Fontes:
- Banco Central do Brasil: Drex
- Banco Central do Brasil: Piloto Drex